| 02/03/2007 13h
O tenente-coronel Jones Calixtrato Barreto dos Santos, comandante do Batalhão de Operações Especias (BOE) da Brigada Militar negou hoje que os policiais que fizeram a segurança no jogo entre Grêmio e Cúcuta, no Olímpico, nesta terça-feira, tenham agredido torcedores no momento da entrada no Estádio.
Hoje, a Rádio Gaúcha divulgou alguns casos de torcedores que teriam sido agredidos com cassetetes e afrontados por policiais a cavalo. Eles teriam fotos de hematomas para comprovar o abuso policial.
O comandante alertou que o problema é o portão de entrada número 10, o único pelo qual todos os sócios do Grêmio teriam acesso ao estádio. Segundo o tenente-coronel Jones, quase 15 mil pessoas precisam se dividir entre quatro catracas para poder entrar, o que gera conflito e empurra-empurra.
– Não batemos em ninguém, pelo contrário, ajudamos as pessoas a entrar. Mas, quando 15 mil pessoas tentam entrar ao mesmo tempo, há atrito. A culpa é dos que
estão lá atrás, que empurram os outros.
Tivemos que conter o pessoal. Algumas pessoas estavam prensadas contra portão, como crianças e mulheres. Dentro dos torcedores há arruaceiros e baderneiros, que jogam garrafas contra as pessoas, deixando gente ferida.
O comandante do BOE disse que a Brigada age tecnicamente e declarou que é preciso resolver o problema do portão 10 do Olímpico. Para ele, se o Grêmio liberar os demais portões do estádio para todos os sócios, acabaria o conflito.
– Espero que não aconteça, mas pode haver uma morte –, advertiu o tenente-coronel Jones.
Conforme disse o comandante, no estádio Beira-Rio, do Internacional, não há problemas como esse, pois todos os portões são liberados para todos os torcedores. O oficial disse ainda que todos os policiais usam identificação em seu uniforme, contrariando a denúncia de que alguns PMs foram flagrados sem a tarja de identificação.
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