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 | 27/01/2007 16h50min

Amorim diz que Doha precisa de avanços até abril

Ministro das Relações Exteriores deixa Davos com impressão positiva

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, considerou hoje que a Rodada de Doha, negociada na Organização Mundial do Comércio (OMC), precisa de avanços concretos dentro de dois meses para que um acordo global seja alcançado. Segundo ele, é preciso que haja algum tipo de avanço entre o fim de março e o começo de abril, e números sobre a mesa até, no máximo, o fim de junho para que o objetivo de fechar esse acordo de comércio multilateral seja alcançado.

As maiores potências comerciais do mundo decidiram hoje retomar as negociações da Rodada de Doha em Genebra, e, ainda que não tenham fixado a data, reconheceram que um eventual fracasso das conversas terá custos que vão além do comércio. O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, afirmou que as negociações foram totalmente retomadas, ao fim da reunião informal que os representantes de Comércio de Estados Unidos, União Européia (UE), Brasil, Índia e outros vinte países realizaram na cidade de Davos, nos Alpes suíços.

O chanceler brasileiro afirmou que deixava Davos com uma impressão positiva da reunião e com mais otimismo. Ao falar sobre números, os negociadores se referiam às propostas sobre os cortes tarifários e de subsídios nos setores agrícola e de bens industriais.

– Hoje recebemos sinais claros de que estamos preparados para nos comprometermos nas negociações – disse Amorim.

Ele refletiu sobre o ambiente positivo atual destacando que o pior que se pode conseguir agora sempre será preferível ao melhor que podia ter sido decidido em Cancún. Na cidade mexicana, fracassou, em 2003, a primeira tentativa de concluir estas negociações, que buscam o aprofundamento e a liberalização do comércio internacional de produtos agrícolas e industriais e de serviços em benefício dos países em desenvolvimento e dos mais pobres.

Amorim acrescentou que tem a sensação de que EUA e UE estão preparados para se comprometerem em negociações sérias, e que aparentemente há uma urgência em chegar ao acordo que não existia antes. Para o ministro, o Brasil seguramente está preparado para se comprometer a abrir seu mercado industrial e de serviços desde o momento em que obtiver o que procura no setor agrícola.

– Se Lamy nos trancasse hoje em uma sala, o Brasil colocaria seus números na mesa – disse o chanceler, para mostrar o grau de compromisso do país, que, junto com a Índia, lidera o Grupo dos Vinte (G-20), integrado por nações em desenvolvimento e, em sua maioria, exportadoras agrícolas.

AGÊNCIA EFE

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