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 | 27/01/2007 10h46min

OMC volta a discutir liberalização do comércio mundial

Presidente Lula garantiu que o Brasil cumprirá a parte que lhe corresposponde

Um grupo de países da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre eles as maiores potências comerciais do mundo, tentam relançar hoje as suspensas negociações da Rodada de Doha para aprofundar a liberalização do comércio mundial. A convite da ministra de Economia suíça, Doris Leuthard, esses países, se reúnem à margem dos debates do Fórum Econômico Mundial (FEM), que termina amanhã e do qual participam alguns deles, para buscar uma aproximação de posições.

Participam da reunião o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, assim como o comissário de Comércio da União Européia (UE), Peter Mandelson, a representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, os ministros de Exteriores brasileiro, Celso Amorim, e de Indústria indiano, Kamal Nath, entre outros. Além desse encontro, todos eles, junto à ministra de Economia suíça e o ministro de Comércio japonês, Akira Amari, participam do debate do FEM intitulado Negociações comerciais congeladas e necessidade de progredir.

Nos últimos dias os chefes de Estado e de Governo de algumas dessas potências comerciais, como Alemanha, Reino Unido, EUA, UE e Brasil, mostraram um moderado otimismo frente à possibilidade de conseguir em Davos a retomada das negociações suspensas desde julho devido às profundas divergências entre esses mesmos parceiros. O diretor-geral da OMC espera que a reunião confirme a atmosfera favorável ao acerto, e admitiu a existência de algumas mudanças em comparação a julho, embora as posições dos principais atores não tenham sofrido alterações substanciais.

As negociações de Doha foram lançadas em 2001 e deviam ter terminado no final de 2006, mas, em julho do ano passado, EUA, UE, Brasil, Índia, Japão e Austrália foram incapazes de aproximar posições sobre as reduções de tarifas agrícolas e industriais. O objetivo dessa rodada comercial é liberalizar mais o comércio internacional para que se beneficiem, sobretudo, os países em desenvolvimento e os mais pobres.

O Brasil se pronunciou a favor de certa flexibilidade na negociação com a UE e os EUA para desbloquear as conversas de Doha. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinalou na sexta-feira em Davos, que há possibilidade de se chegar a um acordo em três ou quatro meses. Lula pediu aos EUA, ao Reino Unido, à França e à Alemanha que assumam sua responsabilidade, e em troca garantiu que se aceitarem fazer concessões, o Brasil cumprirá a parte que lhe corresponda e convencerá o Grupo dos Vinte (G20, países em desenvolvimento) para que faça o mesmo, proporcionalmente a suas capacidades.

EUA e UE querem que os países em desenvolvimento, como o Brasil e a Índia, façam concessões na redução de suas tarifas industriais, enquanto Brasília e Nova Délhi querem que Washington e Bruxelas reduzam seus subsídios agrícolas e abram mais seus mercados à agricultura das economias emergentes.

AGÊNCIA EFE

 
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