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 | 04/10/2006 09h34min

Pilotos do Legacy prestam depoimento no Rio hoje

Piloto e co-piloto podem ser denunciados por homicídio culposo

O piloto e o co-piloto do jato Legacy, Joseph Lepore e Jan Paul Palladino, devem prestar depoimentos hoje na Divisão de Investigação de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, no Rio de Janeiro. Peritos norte-americanos também estão na cidade para acompanhar a investigação. Os dois podem ser denunciados por homicídio culposo, ou seja, sem intenção de matar, segundo o telejornal Bom Dia Brasil.

O promotor de Justiça de Peixoto Azevedo (MT), Adriano Roberto Alves, poderá pedir as prisões dos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Palladino. O pedido será feito à Justiça caso se confirme a suspeita de que os dois estariam testando o avião executivo da Embraer com manobras e possível desligamento do transponder, um equipamento anticolisão. O Legacy estava na mesma altitude autorizada para o avião da Gol. Segundo a Aeronáutica, nenhuma mudança de vôo e de altitude foi autorizada pelos comandos aéreos em terra.

Ontem, policiais federais apreenderam, no Rio, os passaportes de Lepore e Paladino. A ordem partiu da Justiça de Mato Grosso e teve como objetivo evitar que eles deixem o país antes de serem reinquiridos. Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Aeronática, Polícia Federal e fabricantes do Boeing 737-800 da Gol estão investigando o caso.

Os parentes das vítimas do vôo 1907 pediram ao Ministério da Defesa que a Força Aérea Brasileira (FAB) substituísse a Anac no comando do contato com as famílias. Desde domingo, os familiares reclamam do que chamam de comportamento "insensível" da Anac e da "falta de experiência" para lidar com o caso.

Em Mato Grosso, foram reforçadas as atividades de resgate das vítimas do acidente ocorrido na sexta-feira. Hoje, mais 30 homens da Força Aérea brasileira chegram ao local para ajudar na remoção dos corpos. Até fim da tarde, mais 30 corpos devem ser enviados para a base de resgate em uma fazenda a cerca de 30 quilômetros do local do acidente. Depois, eles serão levados para a base aéra da Serra do Cachimbo.

O Instituto Médico Legal (IML) de Brasília se prepara para receber corpos. Dois já estão no local sendo periciados. A identificação se dará pelas impressões digitais.

 
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