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 | 24/08/2006 09h56min

Lula diz que estrutura política do país está falida

Candidato à reeleição defende CPIs e reforma política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou, durante entrevista exclusiva à Rádio Gaúcha diretamente da Biblioteca do Palácio da Alvorada, nesta manhã, que é preciso fazer uma reforma política no país. O candidato à reeleição acredita que as denúncias de corrupção mostram que o sistema político está falido.

– A reforma política se faz necessária porque o que aconteceu no Brasil não é problema de um partido político ou de uma pessoa. É um problema da estrutura de organização partidária do País, que está apodrecida.

Para Lula, não há nada mais humilhante do que político pedir dinheiro para campanha para empresários e esses, com medo de “algo acontecer”, se verem obrigados a doar recursos. Para evitar isso, Lula diz que é preciso que se discuta o financiamento público de campanhas e outros temas, como o voto distrital e os mandatos de senadores e deputados.

Lula reafirmou que não sabia sobre o esquema de mensalão no Congresso Nacional e que, assim que as denúncias foram apresentadas, determinou que fossem investigadas. Agora, disse, só pode esperar a decisão do Supremo Tribunal Federal. Lula declarou que não se deve acreditar em denúncias caso elas não possam ser comprovadas. Além disso, afirmou que se houver mais CPIs, será favorável.

– O povo brasileiro quer seriedade na política. Espero que num próximo mandato, se assim acontecer, a próxima coisa a ser feita é uma reforma política.

Questionado sobre uma possível diminuição da base aliada em um suposto segundo mandato, devido às denúncias de corrupção, Lula afirmou que as alianças políticas devem ser feitas em função de projetos futuros.

– Quero falar com todos partidos e governadores. Uma aliança se dá em cima de uma estratégia de projeto para o futuro.

O canditato à reeleição defendeu ainda novas ações na reforma agrária. Lula ressaltou que foram assentadas, em quatro anos, cerca de 260 mil famílias.

– Esta é uma média extraordinária para termos confiança de que as coisas estão acontecendo. Mas não podemos medir a reforma agrária pela quantidade de famílias assentadas, e sim pela qualidade de vida que elas têm depois que foram assentadas. Não deixamos a pessoa no campo se não dermos saúde, educação e perspectiva de crescimento.

 
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