A Força Interina da ONU no sul do Líbano (Finul) desmentiu hoje que vá retirar ou evacuar seu pessoal do Líbano, e assinalou que vai deslocar oito de seus agentes. Milos Struger, porta-voz da Finul, disse que os oito agentes não-armados foram retirados de seus postos e levados a outros dentro do Líbano, mas não foram evacuados do país.
Struger acrescentou que nenhum dos postos com os quais a Finul conta no sul do país vai ser fechado nem evacuado.

Nesta terça-feira, um posto da Finul situado na localidade sulina de Khiam foi atingido por um míssil israelense, deixando quatro observadores mortos. A morte dos quatro agentes da Finul – um finlandês, um austríaco, um canadense e um chinês – foi qualificada de "trágico assassinato" pelo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan, e de "erro" por Israel.

A ofensiva aérea israelense contra a Finul ocorreu em um momento no qual o Conselho de Segurança da ONU avalia o futuro da missão, que conta atualmente com 2 mil militares. A Finul, criada em 1978, denunciou que não pode levar a cabo suas funções de supervisão do cessar-fogo desde o começo dos confrontos entre o Exército de Israel e a milícia xiita libanesa Hezbollah, no último dia 12.

O secretário-geral da ONU se mostrou favorável a substituir a Finul por uma força multinacional, com ou sem bandeira das Nações Unidas, que se instale no sul do Líbano, ao longo da fronteira com Israel.