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 | 26/06/2006 20h27min

Brasil quer espantar zebra africana do caminho do hexa

Time de Carlos Alberto Parreira enfrenta Gana nesta terça pelas oitavas

Para jogadores e comissão técnica, a Copa do Mundo começa nesta terça para a Seleção Brasileira. Depois de vencer Croácia, Austrália e Japão na primeira fase, a equipe de Carlos Alberto Parreira enfrenta a seleção de Gana às 12h (de Brasília), no Westfalenstadion, em Dortmund, sem o direito de errar. A partida, válida pelas oitavas-de-final, é a primeira das quatro “decisões” a que o time se propôs a enfrentar para conquistar o hexacampeonato.

O adversário inspira cuidados. Única representante da África nas oitavas-de-final, Gana é considerada uma das seleções mais traiçoeiras do Mundial. A equipe comandada pelo técnico croata Ratomir Dujkovic ficou em segundo lugar no Grupo E, após perder por 2 a 0 para a Itália, bater a República Tcheca pelo mesmo placar e os Estados Unidos por 2 a 1. O vigor físico e o futebol ofensivo são as marcas registradas do time.

Além de enfrentar um time considerado franco atirador, a Seleção Brasileira precisará superar o nervosismo da primeira fase eliminatória da competição. Mas o retrospecto é amplamente favorável aos brasileiros. Além de jamais ter sido derrotado por uma seleção africana em Mundiais, o Brasil não costuma ser eliminado nas oitavas-de-final da Copa. A última vez que isso aconteceu foi em 1990, quando o time caiu diante da Argentina.

Estatísticas à parte, Parreira parece estar confiante na classificação. Nesta segunda, o técnico voltou a mostrar muita segurança ao analisar a forma como sua equipe deverá se comportar na partida desta terça-feira. Para ele, a Seleção Brasileira não precisa mudar o seu estilo de atuar e sim se impor em campo. A preocupação deve ficar restrita ao outro lado.

– Quem tem que estar preocupado com a Seleção Brasileira é Gana, que terá pela frente os pentacampeões mundiais. O Brasil precisa é tentar impor a sua forma de jogar. Temos que fazer o que fizemos até aqui, pois as vitórias mostram que estamos no caminho certo – disse o treinador.

Os jogadores da Seleção Brasileira, por sua vez, parecem adotar uma tática um pouco mais humilde em relação ao duelo contra os africanos. O atacante Ronaldo, por exemplo, disse que Gana não é um time desconhecido, como muitos pensam, e garante que o Brasil vai encontrar muitas dificuldades na partida desta terça.

– Gana não é de forma alguma desconhecida. Dos 23 jogadores, 20 jogam na Europa. São todos conhecidos e vai ser um jogo bastante difícil. De Gana esperamos tudo, seja o que for. Estamos preparados para encontrar uma equipe forte, uma equipe que vai criar muitas dificuldades – disse o Fenômeno.

Tudo indica que o Brasil deverá manter a base da primeira fase, mas Parreira decidiu apostar novamente no mistério. Ninguém sabe quem será o companheiro de Ronaldo no ataque. Certo é que Robinho, lesionado, está fora. Com isso, Adriano pode ser o escolhido, ou então Juninho Pernambucano pode entrar no meio-campo, com Ronaldinho passando a atuar no ataque.

Pelo lado de Gana, o técnico Ratomir Drujkovic não poderá contar com o astro do time, o meia Michael Essien, do Chelsea, que terá que cumprir suspensão automática pelo segundo cartão amarelo, recebido no triunfo diante dos Estados Unidos. O treinador, porém, minimizou a ausência da estrela da equipe.

– Ele não é o motor do nosso time, os 11 jogadores é que são. Gana prima pelo jogo coletivo e não pelo individualismo. Claro que seria bom contar com ele pela sua qualidade. Porém, sua ausência nada representa em termos de falta de ânimo. Vamos com tudo para cima do Brasil – discursou o treinador.

Para a vaga de Essien, Drujkovic confirmou a entrada de Muntari, que tinha cumprido suspensão contra os Estados Unidos, assim como o atacante Asamoah Gyan, que reaparece na vaga de Pimpong. Apesar de demonstrar muito respeito pelo Brasil, o treinador croata não perdeu a oportunidade de adotar um tom desafiador ao falar do confronto desta terça.

– Vamos enfrentar a melhor seleção do mundo em termos individuais, mas que não tem no conjunto uma arma. O Brasil não é um time e sim um combinado de estrelas. Isso, porém, pode não ser suficiente quando enfrenta uma equipe que preza pelo coletivo, como é Gana – disse Drujkovic.

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