A inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em abril a menor taxa desde agosto do ano passado, devido principalmente aos menores custos de combustíveis. O IPCA variou 0,21%, seguindo a alta de 0,43% apurada em março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta.

No ano, o IPCA acumula alta de 1,65% e nos últimos 12 meses, de 4,63%. A última vez em que a taxa em 12 meses ficou abaixo de 5% foi em julho de 1999.

Segundo pesquisa semanal do Banco Central, o mercado previa um IPCA de 0,25% neste mês. Os preços do álcool caíram 0,11%, contra alta de 12,85% em março. Os da gasolina recuaram 0,09%, após subirem 2,78% no mês anterior.

– O recuo na taxa de um mês para o outro se deve, principalmente, à maior oferta de produtos agrícolas, implicando, sobretudo, na acomodação de preços do álcool combustível, como resultado da colheita e comercialização da safra de cana-de-açúcar – disse o IBGE em comunicado.

Também contribuíram para a queda da inflação os menores preços de aparelhos de TV, som e informática (-1,26%), eletrodomésticos (-1,06%) e passagens dos ônibus interestaduais (-1,67%). Os preços de alimentos tiveram queda de 0,27% em abril, com destaque para o recuo do frango.

Já os preços de remédios tiveram alta, de 2,03%, refletindo um reajuste recente. Os artigos de vestuário subiram em 1,18%, em razão da comercialização da coleção outono-inverno.

Entre as regiões pesquisadas, a menor variação do IPCA foi apurada em Goiânia, com deflação de 0,29%, e a maior em Belo Horizonte, com inflação de 0,51%.O IPCA mede a variação dos preços para famílias com renda de até 40 salários-mínimos nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Goiânia.

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que apura os preços para famílias com até oito salários, subiu 0,12% em abril, abaixo da leitura de 0,27% em março