O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano deve ser de 4,33%, de acordo com projeções de uma centena de analistas de mercado ouvidos pelo Banco Central na última sexta. Abaixo, portanto, da projeção de 4,36%, registrado na pesquisa da semana anterior, e da meta de 4,5%, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A projeção de queda da inflação pela sexta semana seguida consta do boletim Focus que o Banco Central distribuiu hoje. O resultado reafirma a expectativa de IPCA de 0,25% no mês passado. Mas o índice definitivo só será divulgado na próxima quarta pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a expectativa dos economistas do setor privado, a inflação deste mês ficará em patamar um pouco menor, em torno de 0,23%. Apesar disso, a pesquisa do Banco Central aponta aumento de 4,13% para 4,15% na projeção de inflação acumulada para os próximos 12 meses.

O Índice de Preços ao Consumidor, medido pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe) da Universidade de São Paulo, também indica baixa da inflação anual, que estava projetada em 3,74% na semana passada e agora aponta 3,68%. Mas esse índice se refere ao comportamento de preços apenas na capital paulista.

De acordo com o boletim Focus, a perspectiva de reajuste acumulado dos preços administrados por contrato ou monitorados (combustíveis, energia elétrica, telefonia, educação, saúde, água, transporte urbano e outros) continua em linha com a meta de 4,50% neste ano, com possibilidade de cair para 4,40% no ano que vem.

Por meio do IPCA, o IBGE acompanha a variação de preços de produtos e serviços consumidos por famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos. Ele é medido em nove regiões metropolitanas, além das cidades de Goiânia e Brasília, e usado como a referência oficial do governo federal para a meta de inflação, estabelecida pelo Banco Central.

AGÊNCIA BRASIL