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Novo presidente da Argentina tem um passado de escândalos

Mesmo assim, Saá ostenta bom desempenho na província de San Luis e foi reeleito três vezes

O novo presidente interino da Argentina, Adolfo Rodríguez Saá, não é só lembrado pelo bom desempenho de sua administração na província de São Luis. No passado, ele esteve envolvido em um escândalo sexual e foi alvo de várias denúncias de corrupção.

O 44º presidente argentino enfrenta acusações de enriquecimento ilícito, já que, em 18 anos como governador, conquistou uma fortuna estimada em mais de US$ 22 milhões e possui pelo menos 20 imóveis e algumas mansões, bens incompatíveis com seu salário à frente do governo de San Luis. Em 1990, foi formalmente acusado de enriquecimento ilícito, e absolvido por falta de provas. Outro fato que lhe conferiu notoriedade nacional foi um suposto seqüestro, em 1993. O governo da província divulgou na época que Rodríguez Saá havia sido abusado fisicamente, e que tudo estava registrado em vídeo. Especulou-se que o seqüestro fora inventado para evitar uma chantagem preparada por sua secretária e amante na época, Esther "La Turca" Sesín.

Adolfo Rodríguez Saá manteve-se no poder da província de San Luis por um tempo recorde - foi reeleito três vezes. Neste período, obteve um superávit fiscal de US$ 60 milhões por ano, visto por muitos como um milagre num país que amarga uma dívida pública de US$ 132 bilhões. Saá nunca escondeu a ambição de conquistar a presidência da Argentina. Foi candidato nas convenções peronistas em 1988, 1994 e 1999, sem sucesso. O estilo de governo é considerado autoritário pelos inimigos.

 
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