| 29/11/2001 22h14min
O ex-rei do Afeganistão Zahir Shah está surgindo como figura de consenso do encontro patrocinado pela Organização das Nações Unidas para que as várias facções e etnias do Afeganistão discutam o futuro do país na era pós-Talibã. Nesta quinta-feira, dia 29, a delegação do ex-rei exigiu para seu líder, de 72 anos, o cargo de chefe de Estado ou do Conselho Supremo do Afeganistão. A Aliança do Norte, que tomou Cabul no último dia 13 de novembro, por sua vez, reconheceu que o antigo monarca pode ter "um papel importante", garantindo a dignidade e a integridade nacionais. O nome do ex-rei, deposto em 1973, é lembrado por ter promovido a paz durante o período em que esteve no poder, mas recebe críticas dos afegãos mais tradicionais por ter estimulado uma série de liberdades individuais que, segundo seus adversários, ameaçam vários aspectos da cultura afegã. No entanto, ainda não há consenso sobre o cargo de chefe de Estado. Não se sabe se ele será definido já ou apenas em março, durante a Loya Jirga – a grande assembléia tradicional afegã, que deverá nomear um novo governo. No terceiro dia da Conferência de Bonn, na Alemanha, os delegados começaram a estabelecer como será formada a administração interina que deve governar o Afeganistão até março de 2002. As duas maiores delegações presentes concordaram que o conselho provisório deve ser composto por pelo menos 42 membros: 21 da Aliança do Norte e 21 do Grupo de Roma, que apóia o ex-rei afegão.
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