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Após ataque israelense, militantes palestinos negam cessa-fogo

Pelo menos quatro morreram em ações com mísseis e tiroteios

Líderes de grupos militantes desmentiram nesta quarta, dia 25, as notícias de um cessar-fogo para os próximos três meses.

– Não sabemos nada disso. Ainda estamos em processo de consultas dentro do movimento. Toda vez que nos aproximamos de uma decisão, (Israel) mata nossa gente – disse um dos dirigente do Hamas, Abel Aziz Al-Rantissi.

Já Mohammed Al Hindi, líder da Jihad Islâmica, afirmou que as notícias sobre o cessar-fogo "são mentiras''. Ele acusou o governo de Israel de estar promovendo uma escalada de violência, apesar de comprometido publicamente com o processo de paz.

As negativas sobre o entendimento foram feitas após ataque com mísseis e tiroteios desferidos pelas forças israelenses, que deixaram, pelo menos, quatro mortos. O acordo sobre o cessar-fogo, supostamente anunciado em um documento entregue à Autoridade Nacional Palestina para ser referendado pelo presidente Yasser Arafat, teria sido alcançado pelos três principais grupos extremistas palestinos: Hamas, Brigadas dos Mártires de Al-Aqa e Jihad Islâmica.

Testemunhas disseram que dois carros foram atingidos perto de Khan Younis. Segundo os moradores, entre as vítimas fatais está uma mulher. O hospital local informou que o militante Mohammed Seyam, alvo do ataque, teve uma perna amputada. Fontes palestinas afirmaram que Seyam estava na lista de militantes procurados por Israel.

O Exército afirmou que o disparo dos dois mísseis, feito por um helicóptero, tinha como objetivo eliminar "uma célula do Hamas que estava a caminho de disparar morteiros contra comunidades israelenses".

Em outro incidente, soldados de Israel mataram dois combatentes do Hamas em um tiroteio ocorrido próximo ao local onde o representante norte-americano na região, John Wolf, se reuniu com o primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas, para discutir o plano de paz, que prevê o fim da violência e a criação de um Estado palestino até 2005. As informações são da agência Reuters.

 
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