A reivindicação israelense de alteração do plano de paz não será aceita pelo governo dos Estados Unidos segundo o secretário norte-americano Colin Powell. Em visita a Amã, capital da Jordânia, o dirigente dos EUA negou nesta terça, dia 12, qualquer tipo de modificação na proposta de entendimeto, encaminhada no final de abril também por representantes das Nações Unidas, União Européia e Rússia. Para Powell, o documento aceito pelos palestinos, mas rejeitado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon, será a única solução possível para terminar com os conflitos na região.

– Eles (o governo israelense) querem fazer alguns comentários a respeito do plano de paz e nós os escutaremos, mas não pretendemos reescrevê-lo nem negociá-lo – afirmou o secretário, antes de embarcar para Riad, capital da Arábia Saudita.

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, deve apresentar suas reservas ao plano de paz quando viajar para Washington, no dia 20 de maio, a fim de se encontrar com o presidente norte-americano, George W. Bush. Em uma entrevista publicada hoje, o premiê disse que os assentamentos não são uma questão a ser discutida em breve.

O plano prevê que Israel aceite um Estado palestino independente até 2005, desmonte os postos avançados recentemente construídos nos territórios palestinos e congele a expansão dos assentamentos. Muitos palestinos e árabes consideram essa a melhor chance de avanços desde o início, em setembro de 2000, do levante palestino contra a ocupação israelense. Desde então, morreram mais de 2.000 palestinos e 730 israelenses.

Segundo Powell, progressos substanciais só poderão ser feitos se Israel der mostras de flexibilidade e se os palestinos conseguirem impedir a ocorrência de novos atentados.

– Os principais aspectos dessa questão são a vontade de Israel de adotar essas medidas e o desejo e a capacidade dos palestinos de lidar com a área de segurança – destacou o secretário.

As informações são da agência Reuters.