| 04/01/2010 08h47min
Depois de um 2009 aquecido no mercado interno, o setor de carnes projeta um novo ano de recuperação da demanda externa. O dólar baixo, um dos vilões do ano passado, não deve afetar a competitividade do país a ponto de retirá-lo da primeira posição como maior fornecedor mundial de carne de frango e bovina.
Para representantes da indústria, associações e analistas, é possível que as exportações retornem a níveis pré-crise, pelo menos em volume. Quanto à receita, o câmbio apreciado deve dificultar uma retomada mais significativa. Mesmo assim, o segmento abre o ano em clima de otimismo.
Recursos naturais para expansão da agropecuária mais disponíveis e o baixo custo dessa atividade no país sustentam a competitividade da indústria de carnes nacional. Especialistas são unânimes ao afirmar que, com uma taxa de câmbio mais favorável às exportações, o desempenho do setor poderia ser melhor, com uma rentabilidade mais elevada.
– O mundo já está numa dependência muito grande da carne bovina brasileira, que responde de 30% a 33% do mercado mundial – afirma o analista Fabiano Tito Rosa, da Scot Consultoria.
Apesar de apostar em crescimento, o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), Francisco Turra, vê com preocupação a baixa rentabilidade:
– O Brasil pode perder um espaço precioso já conquistado. Mesmo que continue na liderança (como exportador), permanecer sem ou com baixa rentabilidade, é triste.
A abertura de mercados deve pautar o comportamento das exportações de suínos, estima o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína, Pedro de Camargo Neto. O que renova o ânimo de indústria e produtores.
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