| 01/12/2009 09h57min
A Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa) recebeu, em Cuiabá (MT), nove angolanos e dois coreanos. Eles vieram a Mato Grosso, a convite do Instituto Mato-grossense do Algodão (IMAmt), conhecer a cultura do algodão. O grupo de africanos é formado por representantes do Ministério da Agricultura, dos agricultores e da Capital Luanda, engenheiros agrônomos, contadores e técnicos de irrigação.
Eles estão juntando informações mais detalhadas sobre a agricultura brasileira para desenvolver projetos no país. Angola, de acordo com Domingos Afonso que é executivo do Ministério da Agricultura angolano, passou por várias guerras civis durante 27 anos e, desde o fim dos conflitos, em 2003, tenta se reestruturar.
– Estamos muito atrasados em relação à tecnologia agrícola, e agora temos que procurar saídas para garantir no futuro a sustentabilidade econômica da nossa nação – explicou Afonso, líder do grupo.
Segundo Abel Bala Kinzeca, que coordena a iniciativa do governo angolano, buscar informações no Brasil, que é considerado um dos maiores produtores agrícolas do mundo, é muito importante para a Angola.
– Estamos impressionados com tudo, especialmente com o algodão – destacou Abel Kinzeca.
Ele faz parte do "Núcleo de gestão do perimeo irrigado do Sumbre" e do "Projecto de realçamento da cultura do algodão Kwanza-sul. Sumbre e Kwanza-sul são regiões agrícolas da Angola. Abel Kinzeca disse que a implantação das tecnologias para o desenvolvimento de culturas agrícolas em Angola contará com ajuda financeira da Coréia do Sul. A maioria dos projetos é focado na agricultura familiar em modo de cooperativa.
Para o presidente da Ampa, Gilson Ferrúcio Pinesso, os cotonicultores de Mato Grosso têm a maior satisfação em passar informações sobre o algodão produzido no Estado para os angolanos.
– Estamos prontos para cooperar com esses irmãos africanos – frisou Gilson Pinesso.
Além dessa reunião com diretores da Ampa, a comitiva visitou unidades de produção, cooperativas, produtores e o Campo Experimental do IMAmt, em Primavera do Leste, distante 239 quilômetros de Cuiabá.
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