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 | 01/12/2009 04h31min

Porfirio Lobo promete esforço para ter reconhecimento de Lula

Candidato apoiado por golpistas venceu a eleição deste domingo em Honduras

O presidente eleito de Honduras, Porfirio Lobo, disse nesta segunda que vai se esforçar para conseguir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheça as eleições realizadas no último domingo.

Lobo disse que fará "um esforço para que se normalizem essas relações (com o Brasil)".

— Queria poder ligar para o presidente Lula já hoje. Vamos ligar, procurá-lo quantas vezes for necessário para conseguir que nos atenda e nos compreenda — afirmou.

O presidente eleito afirma que não sente "urgência" no reconhecimento de seu triunfo pela comunidade internacional, embora tenha dito que fará todos os esforços para que aqueles que não aceitam o pleito mudem de ideia.

— Para mim o importante é que esperemos. Não tenho urgência que digam hoje. Eu gostaria que fosse assim, é o ideal, mas se eles consideram que é prudente ter mais tempo, perfeito — disse, em sua primeira entrevista coletiva após o triunfo.

Lobo afirma que conversou com alguns líderes internacionais, como o presidente da Costa Rica e mediador na crise hondurenha, Óscar Arias, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, o presidente da Guatemala, Álvaro Colom, e o presidente de El Salvador, Mauricio Funes.

— Há vários (presidentes) com quem falamos. Disseram que vão reconhecer, que vão nos ajudar a fazer com que outros nos reconheçam também. É um tema que pouco a pouco vamos resolvendo — disse.

No entanto, o presidente eleito lembrou que embora todas as nações sejam importantes, "não há dúvida de que o país mais importante são os Estados Unidos", onde vivem um milhão de hondurenhos, e para onde o país centro-americano envia aproximadamente 40% de suas exportações. A eleição teve o apoio dos americanos.

Mais uma vez, Lobo evitou pronunciar-se sobre o futuro do deposto presidente Manuel Zelaya, derrubado no último dia 28 de junho em um golpe de Estado.

— É um tema que os dois (Zelaya e o presidente interino Roberto Micheletti) aceitaram que o Congresso decidirá, portanto eu deixo que o Congresso siga atuando. Eu vou olhando em direção ao futuro — afirmou, lembrando da discussão marcada para a próxima quarta-feira.

— Logicamente, o que acontece hoje é importante para amanhã. Espero que o Congresso tome a melhor decisão — indicou, sem especificar qual é sua opinião sobre a questão.

EFE
 
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