Representantes da cadeia produtiva da carne se reúnem no Workshop Bem-estar dos Bovinos durante o Transporte: a situação brasileira, nesta quinta, dia 12, em Jaboticabal/SP. Normas internacionais de boas práticas no transporte animal são utilizadas para reduzir o estresse e evitar lesões que possam danificar a carcaça e o couro, prejudicando o valor comercial.

O transporte inadequado pode causar morte, provocar hematomas, traumatismos e quebras de peso que comprometem o rendimento e a qualidade da carne e do couro. Além disso, o estresse dos animais durante o manejo pré-abate e o transporte, quando mal conduzidos, diminuem a vida útil da carne para consumo.

A coordenadora da Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Ministério da Agricultura, Andrea Parrilla, fará palestra durante o evento sobre o bem-estar e a legislação brasileira de transporte de animais. Ela explica que o Brasil não possui regulamentação específica para condução de animais vivos e o transporte rodoviário é o mais utilizado, cerca de 95%, tanto entre propriedades, como na condução para abate, feiras e leilões.

Para tornar os trabalhos mais ágeis, a Comissão Técnica Permanente de Bem-Estar Animal do Mapa promove reuniões com setores da produção de carne, para discutir um modelo de regulamentação do transporte animal.

— Em parceria com o Departamento Nacional de Trânsito, queremos encontrar uma forma viável e adequada à realidade brasileira — enfatiza a coordenadora.

Em agosto deste ano, o Ministério da Agricultura assinou convênio com a Embrapa Suínos e Aves, em Santa Catarina, para promover treinamento em transporte de animais na região para empresas e produtores interessados. A programação dos cursos inclui teoria e prática sobre questões como o acompanhamento do embarque dos suínos em granjas e avaliação das falhas no manejo pré-abate, no bem-estar e na qualidade da carne dos suínos.