| 10/11/2009 14h58min
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, confirmou nesta terça, dia 10, que a proposta brasileira a ser levada à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em dezembro, em Copenhague, é de uma redução de cerca de 40% na emissão de gases de efeito estufa até 2020.
Segundo ele, desse total, 20% deverão resultar da queda do desmatamento na Amazônia e 20%, de ações para preservar o Cerrado e de iniciativas que promovam a eficiência energética e o uso do chamado aço verde (produzido a partir de carvão vegetal do reflorestamento) e de biocombustíveis, entre outros.
— A ministra Dilma [Rousseff, da Casa Civil] falou nesta segunda, dia 9, que o número pode ser 38% ou 42%. Os dados que estão sendo produzidos pelos grupos apontam nessa direção. O que Dilma e Lula não queriam – e têm razão – é chegar a um número que não tivesse consistência — disse, ao destacar que é preciso estabelecer quanto vai ser cortado em cada setor, como e com quais recursos.
Após participar da abertura do 1º Encontro Mudanças Climáticas – Um Desafio para as Políticas Públicas, Minc disse que ficou contente depois que setores importantes da economia brasileira e que temiam os cortes perceberam que vão ganhar com a proposta brasileira. A agricultura, segundo ele, ganha produtividade com a recuperação do solo e com o plantio direto, enquanto o aço verde deve prosperar como “uma marca que vai abrir mercados”.
— A gente não vai criar menos empregos, nossos empregos é que vão ser mais verdes — afirmou.
Para o ministro, é possível avançar ainda mais na redução do desmatamento na Amazônia, porque o “Brasil tem experiência” para isso. Ele voltou a afirmar que o país deve registrar, em 2009, o menor índice de desmatamento dos últimos 21 anos, mas não deu detalhes sobre esse total.
— Números vocês vão saber da boca do presidente Lula — disse.
Minc destacou, entretanto, que uma estimativa feita pelo Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) indica que os números do desmatamento devem passar de 19,5% em 2009 para 9,5% em 2010, 6,5% em 2011 e 3,5% em 2012.
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