O açúcar encerrou a semana passada em queda na bolsa de Nova York. Mas, de acordo com analistas, essa baixa deve se reverter no médio e longo prazo, com nova pressão de alta nas cotações. A expectativa é confirmada por uma das principais empresas do setor no Brasil. A Açúcar Guarani amplia a produção neste ano à espera de preços melhores em 2010 e 2011.

Segundo analistas, o mercado enfrenta a saída de fundos de investimento, o que pressiona as cotações do açúcar para baixo. Na sexta, dia 11, a queda do petróleo foi outro fator que ajudou a reduzir os preços. O contrato para outubro de 2009 fechou em queda de 2,66%, a US$ 0,21 por libra-peso.

O vencimento março 2010 teve baixa de 2,39%, a US$ 0,22 por libra-peso. Apesar da queda nos dois vencimentos, a cotação para 2010 está mais alta do que para 2009.

De acordo com analistas, ainda há expectativa de aumento no preço do açúcar no médio e longo prazo porque a índia sinaliza que pode ter problemas de oferta na próxima safra. A aposta é reforçada por empresas como a Açúcar Guarani, segunda maior produtora da commodity no Brasil. A companhia está ampliando os investimentos em açúcar, à espera das melhores condições do mercado nos próximos dois anos.

– Achamos que o preço vai se manter muito bom para, pelo menos ano que vem, 2010 e talvez 2011. Então, todas as unidades estão fazendo mais açúcar esse ano. Vamos fazer uma fábrica de açúcar na destilaria de Tanabi, que até agora produz só etanol, e vamos produzir a expectativa mais 120 mil toneladas nesta destilaria, que será uma usina de açúcar e etanol – projeta o conselheiro da Açúcar Guarani, Jean Claude Religieux.

O executivo acredita também que a alta na commodity pode ajudar na recuperação dos preços do etanol já em 2010. Segundo ele, estimuladas pela valorização do açúcar, algumas usinas devem produzir menos combustível para pressionar para cima as cotações.