| 31/08/2009 18h27min
Reduzir a dependência do produto importado é uma meta do setor de fertilizantes. Só que instalar uma fábrica dessas aqui no Brasil requer muito mais que recursos financeiros e chega a levar dez anos. Em alguns casos é preciso obter mais de 40 licenças ambientais.
O Desafio da Sustentabilidade, tema do fórum produzido pela Bunge nesta segunda, dia 31, em São Paulo, passou por essa questão. Segundo a presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, a redução da burocracia é um problema que pode fazer com que mais da metade dos investimentos do PAC, mais de R$ 5 bilhões, não sejam feitos.
Mas não é só isso. Empresários, políticos e organizações não-governamentais (ONGs) discutiram o papel do agronegócio em um momento que a palavra sustentável toma conta de noticiários, salas de aula e gabinetes de governantes.
Para os participantes do fórum, dois fatores são fundamentais pra que a sustentabilidade saia dos debates e vire realidade: ciência e investimentos. Eles dizem que é preciso investir não só em pagamento por serviços ambientais – o que também é importante – mas o maior investimento deve ser destinado à ciência e à pesquisa, pois só elas podem mostrar os reais benefícios ou prejuízos que a preservação ambiental pode trazer.
Durante o evento, o ex-ministro Alysson Paolinelli criticou a quantidade e a contradição das leis ambientais. Para ele, o agronegócio brasileiro precisa se divulgar melhor.
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