| 22/08/2009 14h20min
O cultivo de hortaliças orgânicas exige investimentos maiores. Mais funcionários no campo e muito cuidado com a higiene. Mas isso é recompensado com lucros acima da média de mercado. Uma alface orgânica chega a custar R$ 5. E o preço não assusta os clientes que desejam ter uma alimentação saudável. Por tudo isso, o Sebrae no Distrito Federal criou um arranjo produtivo local para incentivar o setor.
– É um projeto desenvolvido em parceria com outras entidades que estão ligadas ao agronegócio e tem a finalidade de promover a inovação tecnológica para produtores orgânicos, assim como ajudar os tradicionais que têm interesse em migrar para a produção orgânica – explica Ana Paula da Conceição, do Sebrae/DF.
Joe Carlo e Clevane Valle têm uma propriedade dedicada ao cultivo de orgânicos. De um lado ficam a alface, a abóbrinha, o pepino. São 35 variedades de hortaliças em 45 hectares. Do outro lado, 150 vacas comem verduras produzidas na fazenda. Da ordenha, sai a matéria-prima para três tipos de leite e outros três de queijo orgânicos.
– Nós fazemos um sistema integrado de produção, onde há uma interdependência. O que sobra das hortaliças, o que sobra do campo, vem para alimentação animal. E do gado sai toda a parte de matéria orgânica que vai abastecer e fertilizar o solo para a produção vegetal – ensina o produtor rural Joe Carlo Valle.
As verduras são o carro-chefe da empresa rural. A produção mensal chega a 350 toneladas de hortaliças. Lá não são usados pesticidas e fertilizantes, e a lavoura cresce com a ajuda de adubo orgânico. Esse tipo de cultivo ganha espaço cada vez maior no campo porque tem clientela garantida.
– Eu acho que tem o fator do meio ambiente que hoje já pesa para o nosso consumidor na decisão de compra, a preservação do meio ambiente. Mas a sua saúde é o principal – esclarece a empresária Clevane Valle.
O projeto do Sebrae une 85 produtores de orgânicos e a produção é vendida para 35 supermercados do Distrito Federal. As grandes redes só compram orgânicos certificados, as embalagens precisam ter um selo. O Sebrae subsidia 70% do custo das certificações. A meta da instituição é aumentar a área plantada de orgânicos no Distrito Federal e com isso ver um crescimento de 20% no faturamento até o fim de 2010.
– O produto orgânico veio para ficar. É um produto que respeita o meio ambiente e preserva a saúde do ser humano, além de promover lucratividade para o produtor rural – explica Ana Paula da Conceição, do Sebrae/DF.
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