| 25/08/2009 19h06min
Os citricultores foram ao Congresso nesta terça, dia 25, em busca de socorro. Em audiência pública no Senado Federal, eles criticaram a indústria e pediram apoio do governo para se manter na atividade.
A queda no preço do produto e as perdas com o greening, doença que atinge os pomares, tiveram efeitos negativos sobre a renda e, nos últimos anos, muitos agricultores abandonaram a atividade.
Para os produtores, as principais causas da crise são os cartéis e a concentração de mercado. Argumento, que as indústrias também reconhecem. Segundo a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, 55% da laranja processada no Brasil é fornecida por apenas 5% das propriedades.
— A indústria provocou isso? Não, é porque a propriedade para ser competitiva, para combater greening, investir em irrigação, mais produtividade de mais de 700 caixas por hectare, para conseguir adensar as árvores, para compor mudas resistentes a doenças tem que ser grande e o investimento é muito pesado — disse o presidente Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (Citrus BR), Christian Lohbauer.
A presidente da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu (DEM-TO), afirmou que um grupo pequeno de indústrias controla os preços no setor. Como alternativa ao problema, o senador Eduardo Suplicy sugeriu a criação de um conselho para acompanhar as questões de mercado de citros, a exemplo do que acontece com a cana-de-açúcar. Mas os representantes dos agricultores pedem ainda subsídios do governo para se manter na atividade no momento de crise.
— Todos os países desenvolvidos dão subvenção aos produtores não por excesso de bondade, mas é por excesso de inteligência para poder permanecer produtores no campo e não tirar sua renda. É o mesmo que preservar a galinha dos ovos de ouro — explicou a presidente da CNA.
Os parlamentares também vão propor formas de aumentar os recursos para as pesquisas de controle do grenning, doença que já matou seis milhões de pés de laranja no Brasil.
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