| 01/08/2009 16h10min
O prefeito da cidade norte-americana de Indianápolis, Gregory Ballard, visitou a sede da Fapesp e afirmou que vê o etanol brasileiro como um promissor aliado nos esforços dos Estados Unidos para a redução das emissões de dióxido de carbono.
Liderando uma comitiva que incluiu membros do governo e do setor privado local, Ballard se reuniu com o diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, com o objetivo de conhecer iniciativas no campo da pesquisa científica e tecnológica que levaram o Brasil a se tornar o primeiro país industrializado a ter um recurso renovável – a cana-de-açúcar – como segunda principal fonte de energia.
Segundo Ballard, o pioneirismo brasileiro no uso de biocombustíveis em larga escala é um exemplo que deve ser seguido. A cana-de-açúcar é responsável por cerca de 16% de toda a energia usada no país, que é o segundo maior produtor de etanol do mundo – sendo que mais da metade dessa produção cabe ao Estado de São Paulo.
– Indianápolis tem um centro emergente para energias renováveis e nos interessa muito saber como o Brasil tem feito para se destacar nesse setor. E São Paulo é um ator muito importante no sucesso brasileiro no uso de bioenergia a partir do etanol – disse Ballard.
Ballard se declarou receptivo sobre a possibilidade de inserir o uso do etanol brasileiro na capital do estado de Indiana.
– Queremos combinar os esforços acadêmicos e industriais como foi feito no Brasil e tentar adaptar esse processo em Indianápolis, a fim de, como vocês, aprender a usar os recursos naturais para desenvolver o país com menos impacto para o meio ambiente. Ao mesmo tempo, estudamos como ampliar o uso do etanol brasileiro – destacou.
De acordo com Ballard, parte dos 420 mil litros de combustível usados anualmente na competição automobilística da Fórmula Indy, em Indianápolis, consiste em etanol fornecido pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), sediada em Ribeirão Preto (SP).
Segundo Brito Cruz, o etanol de cana-de-açúcar feito no Brasil não concorreria com uma eventual produção de etanol celulósico.
– Só optamos pelo etanol da cana-de-açúcar porque ele atualmente é mais fácil de produzir. A produção de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo disponibiliza imensas quantidades de celulose, que está na palha da cana. São alternativas complementares – disse.
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