| 27/07/2009 17h11min
Os industriais gaúchos têm uma expectativa positiva para os próximos seis meses em relação à economia nacional e estadual. A Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) do segundo trimestre de 2009 apontou que a maioria espera uma expansão da demanda (58 pontos). Somente 17% dos entrevistados aguardam uma retração. Apesar de ainda não terem percebido a retomada do crescimento, eles acreditam que as perspectivas futuras são promissoras.
— Assim como os resultados verificados para os empresários no Brasil, os dados do Rio Grande do Sul sinalizam que o segundo semestre de 2009 deve ser melhor que o primeiro. O pior da crise, para a indústria, parece ter passado — disse o presidente da Fiergs, Paulo Tigre. O levantamento avalia os resultados de zero a cem pontos. Abaixo de 50 indica uma avaliação negativa e acima disso é positiva.
Os indicadores de produção (49 pontos) e emprego (46 pontos) ainda registraram valores abaixo de 50, porém são significativamente superiores em comparação com o primeiro trimestre deste ano. O volume de produção, por exemplo, parou de cair e elevou 20 pontos nesta base de comparação. Outra questão importante apurada são os estoques de produtos finais, que já estão quase ajustados (46 pontos). É o melhor resultado desde o início da crise. A maior expansão, porém, foi na compra de matéria-prima (54 pontos), o que sinaliza uma expectativa de aumento da demanda para os próximos meses.
As questões que ainda estão afetando o setor produtivo com maior intensidade são o lucro operacional (38 pontos) e o acesso ao crédito (39 pontos). Desta forma, 49,6% dos empresários não estão satisfeitos com a sua margem de lucro e 39,1% com o acesso às linhas de financiamento.
Os maiores problemas enfrentados pelos industriais no segundo trimestre foram a falta de demanda (66% dos pesquisados), alta carga tributária (59%), competição acirrada de mercado (56%), falta de capital de giro (24%) e taxas elevadas de juros (19,5%). O câmbio é outro indicador de preocupação e sua importância passou de 10,4%, na pesquisa anterior, para 19,5%, na atual.
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