| 20/07/2009 09h34min
Os líderes dos países do Mercosul se reúnem esta semana em Assunção, no Paraguai. Uma das propostas do Brasil deve ser o maior uso de moedas locais no comércio entre os países. Mas o balanço dos últimos seis anos revela poucos avanços em questões fundamentais para a economia do bloco.
O comando do bloco econômico estava com o Paraguai e agora passa para os uruguaios. Mas nos últimos seis anos, as negociações avançaram pouco.
Um dos temas polêmicos é a dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC). Hoje, um produto de fora do bloco que ingressa no Mercosul pelo Uruguai e depois é reexportado para o Brasil, por exemplo, paga imposto de importação duas vezes e cada país fica com o imposto arrecadado.
A eliminação da dupla cobrança da TEC está prevista no tratado de criação do Mercosul e, segundo prazo estipulado pelo Conselho do Mercado Comum (CMC) em 2004, deveria começar a ser implementada este ano, mas até agora nada foi definido. As negociações para o fim da bitributação já duram cinco anos, e o principal problema continua sendo encontrar uma fórmula de redistribuição da renda do imposto que satisfaça os sócios menores - Uruguai e Paraguai.
Este deve ser um assunto em pauta na cúpula do Mercosul, que ocorre na próxima quinta e sexta-feira, em Assunção. Outro tema polêmico são os controles impostos pelos argentinos sobre as exportações agrícolas. Mas o Brasil deve reforçar uma nova proposta, o uso das moedas locais no comércio entre os países que integram o bloco.
Em entrevista à Agência Brasil, fontes do governo revelaram que o país vai pedir a ampliação do sistema já acertado com a Argentina, que substitui o dólar pelas moedas locais nas operações entre os dois países. A intenção é incluir agora o Paraguai e o Uruguai.
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