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 | 18/07/2009 08h10min

Exportações brasileiras para países árabes crescem 4,1% no primeiro semestre

Carne foi o produto que liderou, com embarques de US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre

Mesmo com uma queda de 22% nos volumes embarcados, as exportações brasileiras para os países árabes cresceram 4,1% no primeiro semestre, em relação a igual período do ano passado. Os números foram divulgados nesta quarta, dia 15, pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, que considera positivo o resultado das vendas brasileiras para aquele mercado, num total de US$ 4,3 bilhões, nos primeiros seis meses de 2009.

Segundo o presidente da entidade, Salim Taufic Schahin, os países árabes sentiram pouco os efeitos da crise mundial e estão crescendo.

— As taxas de crescimento deles são bem consistentes e mais fortes que as nossas. Estima-se que o PIB [Produto Interno Bruto] aumente entre 3% e 3,5% nos próximos anos — disse Schahin.

Apesar de ter registrado queda de 9% em comparação com o mesmo período de 2008, a carne foi o produto que liderou as exportações brasileiras, com embarques de US$ 1,2 bilhão no primeiro semestre.

Açúcar e minério de ferro também estão entre os produtos brasileiros mais vendidos para aquele mercado. Juntos com a carne, representam 61% do volume negociado com os países árabes. O Brasil ainda vende aeronaves da Embraer para aquela região.

Na avaliação de Schahin, os empresários brasileiros ainda têm dificuldades para exportar para os países árabes.

— Um pouco por falta de informação e conhecimento. Nesse ponto, a crise nos ajudou, porque algumas empresas passaram a buscar oportunidades no mercado externo — disse o presidente da entidade.

De acordo com ele, os empresários brasileiros têm bons produtos, preços e competitividade, mas alguns fatores, como a distância e a logística, dificultam um pouco as relações comerciais bilaterais.

No primeiro semestre deste ano, entretanto, o Brasil comprou menos dos países árabes. Em relação ao mesmo período do ano passado, as importações brasileiras daquele mercado tiveram redução de 61%. O executivo explicou que uma das razões para isso foi o aumento da produção brasileira de petróleo e destacou ainda que o governo tem papel importante no incremento das exportações brasileiras para o mercado árabe.

— A queda expressiva do preço do barril também contribuiu [para esse resultado]. O presidente Lula e os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estão empenhados em aproximar os países árabes do Brasil — afirmou.

Neste ano, prevê Schahin, a balança comercial entre os dois mercados deve fechar com superávit favorável ao Brasil. Ele lembrou que empresários do Iêmen, dos Emirados Árabes Unidos, do Kuwait, da Jordânia e do Barhein vieram ao país em junho para participar de evento promovido pela Associação Paulista de Supermercados e fecharam negócios de US$ 6 milhões.

Árabes e brasileiros também querem estreitar relações na área de turismo. Segundo Schahin, há um projeto da entidade para incentivar o turismo entre o Brasil e aqueles países.

AGÊNCIA BRASIL
 
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