| 16/07/2009 22h03min
A Diretoria-Geral do Senado divulgou na noite desta quinta-feira uma nota sobre a denúncia de que aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), totalizariam pelo menos 10% dos beneficiados pela publicação de atos administrativos secretos usados para nomear ou exonerar parentes ou amigos de parlamentares para cargos públicos.
Segundo a nota, assinada pelo diretor-geral adjunto do Senado, Luciano de Souza Gomes, Sarney, na condição de presidente do Senado, assinou apenas dois dos 663 atos administrativos secretos. Além destes, o senador teria assinado outros sete atos em conjunto com a Mesa Diretora do Senado.
Ainda segundo a nota, nenhum dos atos subscritos por Sarney tratavam de nomeação e exoneração de funcionários e os que foram assinados juntamente com a Mesa Diretora foram convalidados pelo plenário do Senado.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, entre os familiares e aliados políticos do senador favorecidos pelos atos secretos
estariam Alba Leide Nunes, mulher do
ex-senador e atual representante do governo do Maranhão em Brasília, Francisco Escórcio, nomeada para trabalhar no Conselho Editorial do Senado, presidido por Sarney.
Outro ato sigiloso teria beneficiado o próprio Escórcio, que assumiu a função de assessor da presidência da Casa, então exercida pelo senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na última segunda-feira, após o assunto vir à tona e alimentar a crise que atinge o Senado, Sarney anulou todos os atos não publicados em boletins administrativos.
Na ocasião, o senador também determinou à Diretoria-Geral que apresente à Mesa Diretora, em 30 dias, um relatório com as providências que deverão ser adotadas para que a revogação dos atos seja cumprida. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
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