| 04/04/2003 08h46min
Aproximadamente 2,5 mil soldados da Guarda Republicana de Saddam Hussein entregaram as próprias fardas aos oficiais dos Estados Unidos como forma de rendição. Às vesperas do assalto final à Bagdá, as forças militares norte-americanas se fizeram soberanas nos combates pelo Aeroporto Internacional da capital iraquiana, e pelo menos 320 iraquianos foram mortos. Às portas da principal cidade do Iraque, estrategistas das forças aliadas estudam a melhor forma de evitar os confrontos urbanos: em meio a prédios e entre uma população de 5 milhões de pessoas, o poderio militar anglo-americano passa a ser questionado.
Visando a evitar os enfrentamentos quarteirão a quarteirão, os EUA intensificarão os ataques aéreos para enfraquecer as defesas aéreas iraquianas que restam perto de Bagdá. A tomada do Aeroporto de Saddam Hussein possibilita que aeronaves dos aliados usem as duas pistas mantidas intactas apesar desses 16 dias de bombardeios e coloca a capital ao alcance de foguetes terrestres. E, óbvio, evita que o Iraque se valha do local para enfrentar os invasores.
Embora seja evidente o sucesso dos aliados nesta sexta, dia 4, o secretário de Defesa britânico alertou para a possibilidade de a Guarda Republicana do Iraque ter recuado para Bagdá com o objetivo de se reagrupar após a captura do aeroporto. Em declarações à Rádio BBC, Hoon aconselhou cautela nas previsões de uma iminente queda do governo iraquiano:
– Temos que levar em conta a possibilidade de que (a Guarda Republicana) tenha recuado para a cidade e esteja preparando suas defesas. Houve alguma resistência séria e isso pode muito bem voltar a acontecer dentro e ao redor de Bagdá – avaliou.
As informações são da agência Reuters.
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