| 16/06/2009 15h33min
Os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o secretário-substituto de Articulação Institucional e Parceria do Ministério do Desenvolvimento Social, Milton Marques do Nascimento, assinaram nesta terça, dia 16, uma portaria que implementa o Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade.
Esse plano tem como objetivo incluir as populações extrativistas dentro dos programas do governo e dos sistemas produtivos, como o programa de aquisição de alimentos, assistência técnica, infraestrutura e garantia de preço mínimo, para que elas possam gerar renda e usar a floresta de maneira sustentável.
A falta de tecnologia é o principal problema da Cooperativa Verde de Manicoré (Coovema), do Amazonas, que vive da castanha do brasil.
— Dos problemas que nós enfrentamos, um dos piores é com a infraestrutura. Outro grande problema é de logística, já estamos bem distantes dos grandes centros comerciais — opina a presidente da Coovema, Maria Suely Benlolo.
A primeira fase do plano dará prioridade à castanha do brasil e ao babaçu. Juntos, os dois produtos beneficiam mais de 500 mil famílias e geram uma receita superior a r$ 160 milhões.
Para os representantes do governo, a iniciativa será uma ferramenta importante para manter as pessoas na terra e estimular a preservação da floresta.
Segundo o ministro Guilherme Cassel, o Brasil é responsável por 95% da produção de castanhas no mundo e a intenção é incluir as famílias que trabalham na cultura da castanha dentro de programas do governo.
— Ao longo dos anos [os produtores de castanhas] estiveram fora dos programas de governo, especialmente programas de acesso a mercados, como é o caso do programa de aquisição de alimentos, do programa de garantia de preço — explicou Cassel.
Ele disse, ainda, que, na área da Amazônia Legal, há 170 mil famílias em 17 milhões de hectares de terras, que produzem em torno de R$ 40 milhões por ano.
O ministro Carlos Minc afirmou que o principal ponto desse plano é incentivar a manutenção da produção e dar meios para a comercialização desses produtos.
— Quando a gente fala em cadeia produtiva, são vários os aspectos envolvidos: tem que incentivar a pessoa a poder viver mantendo o seringal em pé, a castanheira em pé, a floresta em pé. Se ele não tem recursos, ele vai cortar e vender, vai deixar o gado entrar na unidade de conservação — declarou o ministro.
CANAL RURAL E AGÊNCIA BRASILGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.