| 04/06/2009 18h13min
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, garantiu nesta quinta, dia 4, que se mantém no cargo, e voltou a criticar ruralistas que pedem sua saída do ministério. Ele pretende procurar a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, para buscar entendimento.
Depois de chamar os ruralistas de “vigaristas”, o ministro resolveu desculpar-se. A declaração resultou num pedido de denúncia por crime de responsabilidade contra ele, feito pela senadora.
– É claro que no momento da briga, me excedi. Aqui no Parlamento pediram meu pescoço, mas pelo que me consta ele ainda está no mesmo lugar e provavelmente vai ficar até o fim do governo Lula. Acho que o Brasil precisa de um grande entendimento entre agricultura e ecologia – disse, afirmando que pretende procurar a senadora na próxima semana.
Minc deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo ele, na semana passada, Lula teria dito que
está satisfeito com a gestão do ministro e
com o seu bom humor.
– Ele [Lula] disse: Minc, você briga, faz as pazes. Briga com o cara da soja, faz as pazes. Briga com o [Blairo] Maggi, faz as pazes. Eu prefiro assim. As coisas estão andando, o desmatamento está caindo – afirmou.
O ministro ainda teria ouvido de Lula apenas o pedido para tomar cuidado na questão pública em relação aos outros ministros.
– Eu, como ministro obediente ao chefe, desde que não seja dar licença sem cumprir todas as leis, sou obediente, não farei mais polêmicas públicas com os ministros – prometeu, acrescentando, no entanto, que vai manter seus princípios ideológicos e convicções, o que, segundo ele, é muito mais importante do que ficar no governo.
Minc ainda deve viajar nesta sexta para a Bahia com o presidente Lula para assinar atos de criação de unidades de conservação, de pagamentos por serviços ambientais e de manejo florestal comunitário.
O ministro esteve na Câmara para falar na Comissão de Meio Ambiente sobre a PEC do Cerrado e da Caatinga. Em visita ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), pediu que a proposta fosse colocada rapidamente em votação.
– Ela não representa engessamento, mas reconhecimento de que o Brasil tem cinco biomas e só dois reconhecidos formalmente. Por que reconhecer dois e não reconhecer os outros três?
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