| 03/06/2009 13h43min
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, defendeu nesta quarta-feira o aumento da participação do governo no capital total da Petrobras.
— Temos de recuperar as ações do governo. Eu acho que voltar a ser 100% estatal é muito difícil. Mas, hoje, temos até trinta e poucos por cento. Poderíamos chegar, pelo menos, a 60%, 58%, ou coisa que o valha — disse.
Segundo o site da diretoria de Relações com Investidores da Petrobras, a União detém hoje 32,2% do capital total (ações ordinárias mais preferenciais) da empresa e a BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem 7,6%.
Lima, que participa de seminário sobre o pré-sal promovido pela Câmara dos Deputados, reiterou que a comissão do governo que estuda as novas regras para a exploração da camada do pré-sal analisa a hipótese de criar uma empresa 100% pública para administrar as reservas.
— Discutimos,
mas, por enquanto, não há decisão, se não é o
caso de se criar uma estatal não operadora — disse.
Lima comentou que a Petrobras nasceu 100% estatal, passou a ser de economia mista, mas com a União mantendo-se majoritária no capital. O governo mantém o controle da empresa porque a União detém atualmente 55,7% das ações ordinárias, com direito a voto.
— Aí, no governo passado, de repente, começaram a vender ações da Petrobras. E hoje, mais de 60% das ações são privadas — comentou.
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