| 27/05/2009 08h59min
O drama dos 323 trabalhadores do frigorífico Castilhense, da cidade de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul, teve nessa terça, dia 26, mais um capítulo de uma luta diária dos funcionários para tentar receber os salários atrasados, que deveriam ter sido pagos no começo de maio.
No final da tarde, depois que a arrendatária Granol reassumiu a posse do frigorífico devido a uma liminar na Justiça, os trabalhadores carregaram em dois caminhões 71 toneladas de miúdos de porco.
O dinheiro obtido com a venda desse produto deve render cerca de R$ 120 mil, que poderão ser usados para pagar parte dos salários possivelmente nesta quinta, dia 28, segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação da cidade, que acompanha o caso.
Como a luz do abatedouro foi cortada na segunda-feira, devido à falta de pagamento, foi preciso conseguir um gerador para iluminar a fábrica e permitir o carregamento, na noite dessa terça.
Segundo o sindicato, existe a tentativa de abater mais 1,2 mil porcos nos próximos dias para a cliente Agrobold. Para que isso ocorra, será preciso conseguir mais geradores ou que a energia elétrica seja religada.
O temor dos funcionários é de demissão, pois a Granol afirmou na semana passada que pretendia demitir 200 pessoas. Já a cooperativa havia afirmado que tentaria manter todos os trabalhadores.
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