| 25/05/2009 16h27min
Nas três primeiras semanas de maio, o Brasil vendeu para o exterior mais do que comprou de outros países. O saldo da balança comercial brasileira ficou positivo em US$ 1,75 bilhão. O país exportou o correspondente a US$ 9,78 bilhões e gastou mais de US$ 7 bilhões com as importações.
No acumulado do ano, o saldo comercial também é positivo, o superávit chegou a US$ 8,472 bilhões. O governo não acredita que a queda do dólar verificada nos últimos dias vai atrapalhar as exportações do agronegócio. O Banco Central prevê que, ao longo deste ano, a moeda norte-americana tenha um valor médio R$ 2,18.
— É um dólar competitivo e remunera bastante o exportador brasileiro, principalmente em relação à manutenção da demanda externa. Em segundo lugar, porque a eventual redução de um ou outro produto vai ser sentido só na próxima safra. Muitos contratos já foram fechados, inclusive em mercado futuro. Há uma produção em curso, então provavelmente, um incentivo ou desincentivo à plantação de alguns produtos só vai ser sentido na próxima safra — explicou o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Welber Barral.
As vendas ao mercado externo, neste começo de ano, superaram as expectativas do governo. Com a crise mundial o MDIC havia revisto as metas de exportações para 2009. A previsão era de ficar abaixo dos R$ 200 bilhões comercializados em 2008.
— Este ano, nós tínhamos uma previsão de US$ 160 bilhões, uma queda que refletia a crise internacional. Na realidade, a economia brasileira vem refletindo melhor do que nós esperávamos. Nós vamos rever essa previsão. Vamos criar uma nova meta de exportação — completou Barral.
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