| 20/03/2009 18h32min
As patronais rurais da Argentina convocaram nesta sexta, dia 20, uma nova greve comercial em reivindicação de um maior corte dos impostos à exportação de grãos que o governo federal se nega a conceder. A medida de protesto, a segunda este ano e sétima desde que explodiu o conflito, em março de 2008, será realizada entre este sábado, dia 21, e a próxima sexta-feira, e consistirá na não comercialização de cereais e gado, anunciaram os líderes do setor agropecuário em entrevista coletiva.
Nesta sexta, produtores rurais argentinos bloquearam pelo menos três das principais estradas do país, entre elas a rodovia 14, conhecida como rodovia do Mercosul, na localidade de Gualeguaychú, na Província de Entre Ríos, por onde passam caminhoneiros do Brasil, Argentina e Uruguai. De acordo com a BBC, além dos bloqueios do trânsito, estão sendo realizadas 63 manifestações às margens das rodovias, segundo dados dos líderes dos fazendeiros à imprensa local.
A tensão voltou às estradas argentinas, um dia depois que a presidente argentina, Cristina Kirchner, assinou um decreto criando um fundo com recursos dos impostos pagos pelos fazendeiros às exportações de soja.
– Essa medida é uma provocação. E por que destinar 30% destes recursos às províncias e 70% aos cofres do governo nacional. Por que não o contrário? – disse o presidente da Federação Agrária, Eduardo Buzzi.
A decisão presidencial, afirmou ele, pegou os produtores rurais de surpresa. A expectativa, disse Buzzi, era que o governo aumentasse menos os impostos às exportações de soja, apesar de autoridades oficiais terem reiterado que o assunto não faz parte das negociações que recomeçaram há cerca de um mês entre ministros e líderes rurais.
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