| 25/03/2003 23h13min
As tropas aliadas viveram nesta terça, dia 25, o mais sangrento conflito com os iraquianos no caminho para Bagdá. Redes de televisão norte-americanas e agências internacionais informam que entre 300 a 500 soldados de Saddam Hussein teriam morrido em enfrentamentos com soldados da coalizão entre as cidades de Najaf e Kerbala (160 e 80 quilômetros de Bagdá respectivamente).
Os fuzileiros americanos e britânicos enfrentaram tropas iraquianas que tentaram cortar o caminho do comboio. Segundo o Pentágono, não há registro de mortes do lado norte-americano. Os iraquianos atacaram a 7ª Cavalaria com granadas disparadas por foguetes.
Nesta terça, coalizão conseguiu finalmente atravessar o Rio Eufrates, na cidade de Nasiriya, no sul do Iraque, abrindo caminho para fuzileiros que avançam em direção a Bagdá. Enquanto se moviam para o norte, os americanos passaram por pelo menos 30 cadáveres de iraquianos, aparentemente mortos por um ataque aéreo que atingiu ônibus, caminhões e carros a cerca de 20 quilômetros ao norte de Nasiriya.
Mas a aproximação da capital está sendo dificultada por uma tempestade de areia, com ventos de até 60 quilômetros por hora, que está retardando a marcha do comboio da coalizão a menos de cem quilômetros ao sul de Bagdá. A pouca visibilidade também estaria tornando difícil identificar com quais tropas iraquianas as batalhas estão sendo travadas.
Na cidade de Basra, reduto de muçulmanos xiitas e a segunda maior cidade do país, havia indicações sobre um possível levante contra Saddam Hussein, segundo um militar britânico do Centro de Comando no Catar. No entanto, o ministro da Informação iraquiano, Mohammed Saeed al-Sahaf, negou à televisão árabe Al Jazeera que oponentes de Saddam estivessem fazendo uma revolta na cidade.
O cerco em Bagdá, onde Saddam espera resistir, não prevê uma tentativa de ocupação imediata. Os fuzileiros devem ficar em torno da Linha Vermelha - um raio de cerca de 80 quilômetros, onde o ditador implantou seus focos de resistência - e deixar a invasão para tropas especializadas. Funcionários do Pentágono disseram à rede de TV americana CBS que a Guarda Republicana recebeu autorização para usar armas químicas assim que os fuzileiros e blindados cruzarem a Linha Vermelha.
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