| 13/03/2009 07h25min
A decisão de internacionalizar a Expodireto, que ocorrerá do dia 16 a 20 deste mês, em Não-Me-Toque, no Rio Grande do Sul, nasceu nas últimas edições da feira. O crescimento dos negócios e a conquista de espaço dentro do país forçou a direção do evento a correr o mundo para divulgar lá fora o agronegócio brasileiro.
No ano passado, delegações de alguns países estiveram em Não-Me-Toque para conhecer de perto o que está sendo feito por aqui. A expectativa é deixar a crise mundial de lado e alcançar um faturamento próximo aos R$ 268 milhões obtidos no ano passado. A participação internacional poderá ajudar a alcançar esta projeção.
– Foi uma decisão conjunta e segue os passos naturais de um evento que cresceu. Certamente, teremos bons negócios aqui – acredita Irmifried Schmiedt, diretor comercial de grãos da Cotrijal.
Até o início da semana, 35 países já haviam confirmado participação na edição deste ano. A projeção da mostra no Exterior coincide com uma crise econômica que abala o mundo. Apesar disso, o otimismo para a 10ª Expodireto é compartilhado pela maioria dos envolvidos no agronegócio. Turbinadas pelo programa Mais Alimentos do governo federal, as máquinas e implementos de pequeno porte deverão impulsionar os negócios. Os tratores voltados para a pequena propriedade, que cada vez mais ganham destaque nas feiras, prometem ser o carro-chefe das vendas.
–Temos uma safra maior e preços semelhantes aos do ano passado. Só posso compartilhar deste otimismo com os negócios na Expodireto – diz o diretor da Brasoja, Antônio Sartori, que aposta numa colheita próxima a 9 milhões de toneladas do grão.
Durante o 20º Encontro Nacional da Soja, que ocorre paralelo à feira, na terça-feira dia 17, o consultor fará uma palestra sobre mercado. Para esse seminário, Sartori apresentará dados sobre a safra argentina, castigada pela estiagem, após nova visita ao interior do país vizinho neste final de semana.
Produtores esperançosos com a colheita de soja
A participação do produtor rural na exposição deve levar ao parque milhares de pessoas que estão otimistas com a safra deste ano, entre os quais os associados da Cotrijal. O agricultor Norberto Wentz, de Passo Fundo, é um deles. Associado à cooperativa desde 2005, Wentz entrega todo o grão produzido em sua propriedade à empresa com sede em Não-Me-Toque. Este ano, ele já confirmou presença na feira.
– É um ótimo momento para o homem do campo conhecer as novas tecnologias para a agricultura. A gente sabe que ali se pode fazer grandes negócios – revela o produtor que espera colher 50 sacas de soja por hectare na lavoura de 500 hectares.
As ofertas de financiamento específicos para a Expodireto devem contentar quem quiser fazer negócios. Banco do Brasil, Banrisul e Sicredi já confirmaram que terão linhas de crédito específicas para o evento. O Banco do Brasil anunciou R$ 150 milhões e o Banrisul, R$ 26 milhões.
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