A Bolsa de Nova York registrou uma forte queda nesta terça-feira, em um mercado que, apesar da aprovação do pacote de US$ 787 bilhões de reativação da economia do governo de Barack Obama, continua fortemente preocupado com o tamanho da crise financeira.

A onda pessimista vinda dos EUA também afetou o Brasil, onde a Bovespa teve uma forte queda de 4,76% e o dólar subiu mais de 2% , para R$ 2,32.

Entre os principais índices de Wall Street, o Dow Jones - referência para o mercado americano - caiu 3,79%, terminando aos 7.552 pontos; o indicador eletrônico Nasdaq perdeu 4,15%, para 1.470 pontos; o Standard & Poor's 500, que reúne as maiores empresas dos EUA, caiu 4,56%, para 789 pontos.

A derrapada do mercado no dia colocou os índices Standard & Poor's 500 e Dow Jones no menor nível desde 20 de novembro, quando as ações atingiram as mínimas em 11 anos. A terça-feira em Wall Street foi marcada pelo mau desempenho das ações da General Motors e do setor financeiro, este último afetado pelo temor dos investidores em relação ao estado de vários bancos na Europa e nos Estados Unidos.

— As notícias do final de semana não foram propícias para a compra de ações — disse Mace Blicksilver, da Marblehead Asset Management, referindo-se à multiplicação de estatísticas sobre um aprofundamento da recessão, principalmente na Europa e no Japão.

Ao sancionar o pacote de US$ 787 bilhões, em cerimônia no Colorado na tarde desta terça-feira, o presidente Barack Obama afirmou que a liberação do dinheiro - que deve ser usado prioritariamente para a geração de emprego - poderia representar "o início do fim" da crise.

— O dia de hoje marca o início do fim. O início do que temos de fazer para criar empregos para os americanos às voltas com as demissões; o início do que temos de fazer para aliviar famílias que ainda não sabem se poderão pagar o aluguel do próximo mês; o início, os primeiros passos necessários para recolocar nossa economia em fundações mais sólidas — disse Obama.