| 28/01/2009 07h08min
Depois de provocar prejuízos nas regiões norte e noroeste do Rio Grande do Sul, agora é a vez de a estiagem trazer perdas no arroz, na produção de hortigranjeiros e na pecuária leiteira dos municípios do sul e fronteira oeste. Até essa terça, dia 27, 88 municípios gaúchos já tinham decretado situação de emergência em razão da seca.
A estiagem que atinge essas regiões tem causa semelhante à que vem prejudicando os vizinhos Argentina e Uruguai. Nesses pontos as chuvas são formadas por frentes frias, que nesse período estão passando rapidamente em direção ao sudeste, sem precipitações.
O fenômeno La Niña no Oceano Pacífico contribui para dificultar a formação de nuvens e haver menos chuva, explica a meteorologista Estael Sias, da Central de Meteorologia.
Por isso, Santa Vitória do Palmar, Rio Grande, Bagé, Santana do Livramento e Uruguaiana apresentam índices de chuva em janeiro bem abaixo das médias históricas. No norte e noroeste gaúchos, as chuvas voltaram a ocorrer mais frequentemente devido à instabilidade que vem da Amazônia.
Conforme o assistente técnico regional da Emater em Bagé, Erich Oscar Groeger, produtores de arroz em Dom Pedrito, por exemplo, registram perda de 20% devido à seca. A produção de milho e de leite também está sendo afetada na região.
Na zona sul, muitos ainda não fizeram o plantio de hortigranjeiros em razão do solo estar muito seco.
– Se eu plantar, será perda de tempo – diz Claudemir Reis Braz, que cultiva verduras e legumes em Rio Grande.
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