| 08/01/2009 22h09min
Potências ocidentais e Estados árabes chegaram a um acordo sobre um esboço de resolução do Conselho de Segurança da ONU que pode conclamar um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Desde 27 de dezembro, o número de mortos é de 763 do lado palestino e 12 em Israel. Os feridos ultrapassam 3,1 mil.
— Em princípio, há um acordo — disse o embaixador Yahya Mahmassani, enviado da Liga Árabe na organização, a jornalistas após um dia de negociações.
O Conselho de Segurança da ONU marcou uma conferência para discutir a situação no Oriente Médio para as 20 horas (de Brasília) desta quinta-feira, disse um porta-voz da ONU. A reunião a portas fechadas foi convocada enquanto países ocidentais e árabes discutiam o texto de uma possível resolução do conselho para exigir um cessar-fogo imediato em Gaza.
Também nesta quinta, o Departamento de Estado americano conclamou Israel a ampliar o acesso da ajuda de emergência à Faixa de Gaza, tendo em vista sua
"desesperadora" situação humanitária. De acordo
com a nota divulgada pelo Departamento, "é preciso ampliar" o corredor humanitário aberto ontem por Israel para que a ajuda chegue a Gaza, onde vivem mais de 1,5 milhão de palestinos.
— Pensamos que os horários devem ser ampliados. É algo em que trabalhamos com os israelenses e com outros — disse o porta-voz do Departamento de Estado, Robert Wood.
A agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) anunciou nesta quinta-feira que vai suspender todas as suas operações na Faixa de Gaza por conta do "risco" causado pela presença de tropas no território palestino sob ataque.
Um ataque de um tanque israelense nesta quinta-feira matou dois motoristas palestinos de um comboio de ajuda humanitário coordenado pela agência, segundo o porta-voz da entidade em Gaza, Adnan Abu Hasna.
Richard Miron, porta-voz da ONU, disse que o Exército de Israel havia sido notificado sobre a passagem do comboio, atingido próximo à passagem de
Erez, no norte de Gaza. Segundo Hasna, os
caminhões estavam identificados pelo símbolo da ONU.
Foguetes disparados a partir do território libanês atingiram o norte de Israel na manhã desta quinta, deixando duas pessoas feridas. Israel revidou ao ataque com um bombardeio na área de origem dos ataques. O ataque despertou temores de que um "segundo front" abra-se no conflito.
Três horas depois do ataque, houve o anúncio de novos disparos, mas foi um "alarme falso". O alarme antiaéreo no norte de Israel teria sido disparado pelo estrondo de um avião ultrapassando a barreira do som, segundo o Exército. O incidente ocorreu por volta das 11h locais (7h de Brasília). O exército do Líbano confirmou a versão.
Ainda não foi confirmado quem lançou os foguetes, mas representantes do movimento islâmico palestino Hamas no Líbano negaram responsabilidade, e a milícia xiita libanesa do Hezbollah disse ao governo libanês que não está envolvida.
O porta-voz da polícia israelense, Micky
Rosenfeld, disse que os foguetes atingiram três
lugares diferentes na região da Galiléia, ao Norte de Israel. As informações são do site G1.
Confira a linha do tempo do conflito na Faixa de Gaza e vídeos com análises:
Avião da Força Aérea Brasileira vai partir na manhã desta sexta do Rio com destino ao Oriente Médio para levar remédios e alimentos
Foto:
Antonio Lacerda, EFE
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