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 | 08/01/2009 13h08min

Chuvas podem favorecer surgimento da ferrugem asiática em Dourados

Especialista diz que sintomas podem ser observados já no próximo final de semana

O aparecimento da ferrugem asiática da soja nas lavouras pode ser favorecido pela chuva ocorrida entre os dias 31 de dezembro e 3 de janeiro, em Dourados (MS). O Consórcio Antiferrugem da Embrapa registrou, até a última terça, dia 6, dois focos de ferrugem asiática da soja em Mato Grosso do Sul: um em Aral Moreira e outro em Chapadão do Sul. No mesmo período da safra passada, 59 focos foram comunicados ao sistema de alerta do Consórcio.

– Considerando que o fungo está amplamente disseminado e que o ciclo da doença, desde a infecção até a liberação de esporos, dura em torno de seis a nove dias, dependendo das condições climáticas, é possível que, a partir do próximo fim de semana os sintomas da ferrugem sejam observados na região – alerta o fitopatologista da Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados, Alexandre Roese.

O pesquisador explica que a relação entre chuva e doença é muito forte, pois o fungo causador precisa de água livre sobre as folhas para iniciar o processo de germinação dos esporos, infecção e desenvolvimento da praga. Por isso a falta de chuvas no Estado ajuda a explicar a pequena quantidade de focos da doença detectados.

Segundo ele, antes de tomar qualquer decisão sobre o uso de fungicidas, o produtor rural deve considerar, além da ocorrência da ferrugem, as condições climáticas e a situação da lavoura.

– É preciso analisar se vale a pena investir na lavoura, dependendo dos prejuízos já causados pela estiagem – aconselha.

Ferrugem da soja

A ferrugem da soja é uma doença que exige muita atenção do produtor e a única forma de controle é a aplicação de fungicidas. De acordo com Roese, para que a aplicação seja eficiente é necessário vistoriar a lavoura frequentemente e intensificar esta prática após o florescimento da soja, quando as chances de ocorrência da praga são maiores.

O fitopatologista recomenda vistoria das lavouras, pelo menos, de duas a três vezes por semana.

– Na aplicação, é necessário observar as regulagens dos equipamentos de pulverização, as condições climáticas do momento, o volume de calda e o tamanho de gotas, além das recomendações dos fabricantes de fungicidas – ressaltou.

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