| 06/01/2009 12h52min
O governo brasileiro vai enviar na sexta-feira 14 toneladas de doações em remédios e alimentos às vítimas do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, a carga segue inicialmente para a Jordânia, de onde segue para Gaza, com a ajuda da Organização Jordaniana de Caridade.
De acordo com o Itamaraty, entre os medicamentos estão antibióticos, sais de reidratação, seringas, ataduras e outros instrumentos de primeiros-socorros.
Nesta terça-feira o chanceler Celso Amorim se reúne em Portugal com o primeiro-ministro português, José Sócrates, e conversa com o chanceler da Síria, Walid al-Moualem, para discutir as medidas que a comunidade internacional pode tomar para conseguir negociar um cessar-fogo na região.
Na segunda-feira Amorim já havia conversado, por telefone, com a chanceler israelense, Tzipi Livni, sobre a proposta do Brasil de realizar uma reunião com vários
países a fim de buscar uma solução
para o conflito que começou há 10 dias com os ataques israelenses aos palestinos.
A China também anunciou uma doação para ajuda humanitária à região, no valor de US$ 1 milhão.
De acordo com a agência portuguesa Lusa, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) alertou que a crise em Gaza é insustentável para a população, que mesmo antes da operação militar israelense vivia em condições extremamente duras após 18 meses de bloqueio e restrições às importações.
— Estamos extremamente preocupados com o número crescente de civis mortos e feridos e pelo número crescente de infra-estruturas civis, como hospitais, afetadas pelas operações militares israelitas —declarou o diretor de Operações do CICV, Pierre Kraehenbuehl.
De acordo com ele, uma das prioridades é garantir a assistência médica aos feridos, pois muitas vítimas morrem enquanto esperam a chegada de uma ambulância. Apesar de os acessos ao território terem sido facilitados
pelo encaminhamento da ajuda, os socorros
enfrentam a impossibilidade de chegar às vítimas devido à intensidade dos combates.
Confira a linha do tempo do conflito na Faixa de Gaza e vídeos com análises:
Soldado (D) reza enquanto os outros militares se alimentam no alto do tanque, em Gaza
Foto:
Agência Brasil
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