| 13/03/2003 21h49min
Os embaixadores dos Estados Unidos e Grã-Bretanha informaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) que não haverá votação sobre a nova resolução, que autorizaria um ataque ao Iraque, até sábado. Os diplomatas informaram que as conversas sobre a proposta – que impõe o dia 17 março como prazo para o governo de Saddam Hussein se livrar das armas de destruição em massa ou sofrer as conseqüências de uma guerra – continuarão nesta sexta.
Em reunião nesta quinta, dia 13, os membros do Conselho de Segurança examinaram a proposta defendida por EUA, Reino Unido e Espanha e o anexo proposto pelo governo britânico com seis condições para evitar ataque a Bagdá.
A possiblidade de uma guerra liderada pelo presidente norte-americano George W. Bush contra o Iraque sem o aval da ONU parece cada vez mais forte. Nesta quinta, o secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, disse que seu país poderia não submeter à votação do Conselho a resolução.
– As opções permanecem. Ir à votação e ver o que os membros dizem ou não ir à votação. Todas as opções que vocês podem imaginar estão diante de nós e estaremos examinando-as hoje, amanhã (quinta e sexta) e no fim de semana – disse Powell.
A declaração de Powell foi feita no mesmo dia em que a Grã-Bretanha também deu os mais claros sinais de que um conflito pode estar muito próximo. Em conversa com o líder da oposição conservadora, Ian Duncan Smith, o premier Tony Blair disse acreditar que a aprovação da resolução "está agora mais distante do que nunca".
A descrença de EUA e Grã-Bretanha na aprovação da proposta de ataque a Bagdá aumentou com o veto da França, Rússia e Alemanha às seis condições estabelecidas por Blair para que o ditador Saddam prove que quer se desarmar e evite uma guerra.
A França liderou a rejeição do plano, dizendo que ele não tratava do assunto-chave da busca de uma solução pacífica para o impasse. Com isso, o governo britânico abriu mão da exigência de que Saddam Hussein faça uma declaração em cadeia nacional de TV e prometa acabar com os programas de armas de destruição em massa.
Para conseguir a aprovação da resolução, os EUA precisam de nove votos favoráveis no Conselho de Segurança e não pode haver nenhum veto dos membros permanentes. França e Rússia são membros permanentes.
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