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 | 13/03/2003 16h58min

EUA podem desistir de votar resolução sobre Iraque na ONU

Consenso no Conselho de Segurança está cada vez mais difícil

Os Estados Unidos podem desistir do esforço diplomático de tentar obter maioria no Conselho de Segurança da Nações Unidas para obter permissão para uma ação militar no Iraque. A advertência foi dada nesta quinta, dia 13, pelo Estado norte-americano, Collin Powell.

– As opções permanecem, ir para votação e ver o que os membros dizem ou não ir a votação. Todas as opções que vocês podem imaginar se apresentam para nós e nós iremos examiná-las hoje, amanhã (quinta e sexta) e no fim de semana – disse Powell nesta quinta, dia 13, a um comitê do Congresso dos EUA.

Ainda sem apoio suficiente dos países que formam o Conselho de Segurança, a Casa Branca havia dito que os esforços diplomáticos poderiam se estender até a próxima semana. França e Rússia afirmaram que barrariam uma resolução prevendo o uso imediato da força.

A declaração de Powell foi feita no mesmo dia em que a Grã-Bretanha deu os mais claros sinais até agora de que uma guerra pode estar muito próxima. Em conversa com o líder da oposição conservadora, Ian Duncan Smith, o premier Tony Blair disse acreditar que a aprovação da resolução "está agora mais distante do que nunca".

A descrença de EUA e Grã-Bretanha na aprovação da proposta de ataque a Bagdá aumentou com o veto da França, Rússia e Alemanha, nesta quinta, as seis condições estabelecidas por Blair para que o ditador iraquiano Saddam Hussein prove que quer se desarmar e evite uma guerra.

A França liderou a rejeição do plano, dizendo que ele não tratava do assunto-chave da busca de uma solução pacífica para o impasse. Com isso, o governo britânico abriu mão da exigência de que Saddam Hussein faça uma declaração em cadeia nacional de TV e prometa acabar com os programas de armas de destruição em massa.

Para conseguir a aprovação da resolução que impõe o dia 17 março para que o ditador iraquiano se desarme e sofra as conseqüências de uma guerra, os EUA precisam de nove votos favoráveis no Conselho de Segurança e não pode haver nenhum veto dos membros permanentes. França e Rússia são membros permanentes.

 
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