| 07/03/2003 16h02min
O chanceler francês, Dominique de Villepin, disse nesta sexta, dia 7, que a França não permitirá que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprove uma resolução autorizando o uso automático da força contra o Iraque. Ao falar ao conselho, Villepin disse que os líderes mundiais deveriam se encontrar na ONU a fim de escolher entre guerra e paz.
– A França acredita que, para fazer essa escolha, para fazê-la em boa consciência, os chefes de Estado do mundo devem se encontrar novamente aqui nas Nações Unidas, no Conselho de Segurança – disse.
Villepin, cujo país é membro permanente do conselho e tem poder de veto, fez a declaração enquanto Estados Unidos e Grã-Bretanha trabalham em uma proposta de resolução que autoriza o uso da força contra o Iraque e dá ao presidente Saddam Hussein mais tempo para se desarmar antes de uma possível guerra. A mais recente proposta, se aprovada, dará um prazo específico, entre 16 e 17 de março, para o Iraque se desarmar, disseram diplomatas de países do conselho.
– Ao impor um prazo de apenas alguns dias, estaríamos apenas buscando um pretexto para a guerra? Como membro permamente do Conselho de Segurança, direi mais uma vez: a França não permitirá a aprovação de uma resolução que autorize o uso automático da força.
Também nesta sexta, Michelle Alliot-Marie, a ministra francesa da Defesa, enfatizou que uma nova guerra no Oriente Médio pode gerar formas imprevisíveis de terrorismo, acentuando rivalidades e ódios entre etnias.
A ministra afirmou que a ameaça terrorista no mundo pode evoluir da atuação de grupos organizados, como a Al-Qaeda, para o "terrorismo individual", contra o qual os países ocidentais não vão saber o que fazer.
A França foi alvo de dois atentados a bomba no ano passado. Um deles ocorreu em um petroleiro no Iêmen e o outro vitimou engenheiros navais franceses que trabalhavam no Paquistão.
As informações são da Agência Reuters.
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