| 03/12/2008 16h05min
Os reflexos da paralisação do Porto de Itajaí e da situação precária de algumas estradas em Santa Catarina por causa das enchentes começa a chegar às transportadoras.
Com a suspensão dos trabalhos nas empresas da região do Vale do Itajaí por pelo menos seis dias — em algumas o período chegou a oito dias — os prejuízos diretos chegam a R$ 1 milhão, informou, na terça-feira, o presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas de SC (Fetrancesc), Pedro Lopes. A cifra pode ser ainda maior se forem calculadas as perdas indiretas, como gastos a mais com combustível:
— Fizemos uma reunião com o secretário da Fazenda na semana passada e decidimos levar, daqui a 15 dias, os cálculos com as perdas de cada segmento para vermos que solução deve ser tomada.
Os problemas ocorreram na época de maior movimento, por conta do abastecimento de supermercados para as festas de final de ano. Em dezembro, menos de 5% da frota do Estado — de 180 mil caminhões —
fica parada. Hoje, as empresas têm
trabalhado com 60% da normalidade.
Um dos principais problemas é o fechamento de estradas e a necessidade de desviar o caminho, que aumenta os gastos com o diesel. O fechamento da BR-470, por exemplo, aumenta a distância para o escoamento da economia do Oeste catarinense, já que as ligações com o Vale do Itajaí — tanto da BR-470 e a SC-470 — estão com pontos de interrupção de trânsito.
Somado a isso, há o atraso na entrega das cargas que ficaram represadas em várias partes do Estado. Mais de 4 mil caminhões ficaram parados no trecho das BR-101, em Palhoça, e outras centenas nem saíram das empresas. Lopes acredita que sejam necessários 15 dias para regularizar o despacho das cargas.
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