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Bastou o Iraque confirmar que pretende começar a destruir a partir deste sábado, dia 1º, seus mísseis Al-Samoud 2, para que EUA e Reino Unido apressassem-se em tentar desacreditar, com duras declarações, a promessa de Saddam Hussein.
– Isso é uma farsa – menosprezou o porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, acrescentando que o governo de George W. Bush quer "um desarmamento total e completo de Bagdá".
Em seguida, Fleischer reiterou a intenção de Bush de atacar o Iraque com ou sem o aval da Organização das Nações Unidas (ONU). Principal aliado de Bush na intenção de atacar o Iraque, o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, fez eco às críticas da Casa Branca. Disse que Saddam só mudou de idéia após ser pressionado.
A decisão de destruir os mísseis, um teste fundamental da sinceridade dos compromissos assumido por Saddam Hussein com a ONU, surge na última hora e foi recebida conforme o esperado: comemorada pelos países que se
opõem à guerra, e encarada com
ceticismo pelos que preferem ver Saddam Hussein desarmado à força. O chefe dos inspetores de armas da ONU, Hans Blix, qualificou a decisão como "muito significativa – um verdadeiro desarmamento". Blix ordenou ao Iraque começasse a destruir os mísseis até sábado, depois de examinar 40 vôos-teste do modelo Al Samoud 2.
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