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A Coréia do Norte reativou um reator vital para os supostos planos do país de fabricar armas nucleares. A tensão entre os norte-coreanos e os Estados Unidos se acentuou, diante da medida, vista pelo governo do presidente George W. Bush como instrumento para pressionar por concessões político-econômicas. O porta-voz Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Sean McCormack, afirmou que os EUA defendem uma solução pacífica, mas não recuou:
– Buscamos uma solução diplomática pacífica, mas todas as opções permanecem sobre a mesa – declarou.
Sinais que indiquem que a Coréia do Norte reabriu também as instalações de reprocessamento do combustível nuclear ainda não foram identificados. A atividade extrai o urânio usado em bombas atômicas. A suspeita norte-americana se volta para a possibilidade de os norte-coreanos terem duas armas nucleares.
Em Seul, a notícia foi recebida como uma tentativa norte-coreana de pressionar o novo presidente sul-coreano, Roh Moo-hyun, que tenta convencer os EUA a agirem de forma moderada na crise. Na última terça, a posse de Roh já foi ofuscada pelo teste de um míssil norte-coreano de curto alcance.
O governo norte-americano afirmou que a informação sobre a reativação do reator foi obtida a partir de fotos de satélite. A agência oficial de notícias norte-coreana, a KCNA, não fez referência ao tema.
Em Pequim, China e Rússia – os dois aliados da Coréia do Norte no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) – emitiram um comunicado conjunto incentivando o diálogo entre Washington e Pyongyang. Sobre o reator, Kong Quan, porta-voz da chancelaria chinesa, disse que "o principal no momento é que ambos os lados mantenham a calma, exerçam a moderação e evitem ações que agravem a situação".
O clima de tensão teve início em outubro passado, quando, segundo os EUA, o regime comunista de Pyongyang admitiu a intenção de retomar seu programa de armas nucleares. Desde então, a Coréia do Norte já abandonou um tratado global de não-proliferação nuclear e expulsou inspetores da ONU.
As informações são da agência Reuters.
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