| 17/10/2008 09h07min
O governo não considera mais possível que o Banco Central (BC) traga a inflação para o centro da meta de 4,5% em 2009, como estava programado antes do agravamento da crise financeira internacional. A avaliação da área econômica é que a disparada do dólar impossibilita uma trajetória mais ambiciosa para a inflação no próximo ano. Segundo um importante assessor do governo, "haverá mais inflação do que se imaginava".
A área econômica, porém, não espera uma explosão da inflação, pois os técnicos acreditam que os efeitos da maxidesvalorização do real nos preços serão parcialmente compensados pela redução da demanda, por causa do desaquecimento econômico. O entendimento que predomina no governo é que não há espaço para que o Comitê de Política Monetária (Copom) eleve novamente a taxa básica de juros, a Selic, na próxima reunião, no fim deste mês.
Uma subida do juro, num momento de escassez de crédito e aperto de liquidez, poderia agravar os problemas que o governo
quer resolver, advertiu
outra fonte. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano. A avaliação majoritária no governo é que o BC deve fazer uma parada para avaliar o cenário. Mas representantes do chamado grupo desenvolvimentista ainda defendem uma redução dos juros, com o argumento de que a queda ajudaria a resolver o problema de liquidez.
Entenda a crise:
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