| 16/10/2008 17h27min
Depois de um dia instável, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou com uma pequena queda de 1,06%, aos 36.441 pontos nesta quinta-feira. Durante o pregão, Ibovespa — referência para o mercado brasileiro — oscilou de alta de 1,52% a queda de 8,36%.
A redução das perdas do dia da Bovespa é uma reação à virada positiva da Bolsa de Nova York — o índice Dow Jones fechou em alta de 4,68% depois de cair até 4,43%, e o Nadaq fechou em alta de 5,49%.
Nesta quarta, a bolsa de São Paulo perdeu 11,39%, pior resultado em 10 anos.
As principais bolsas européias fecharam em forte queda nesta quinta. A Bolsa de Londres teve baixa de 5,35%, a de Frankfurt, de 4,91%, e a de Paris, de 5,92%.
Dólar
O Banco Central promoveu um leilão de venda de dólares e mais um leilão de swap cambial (contratos que trocam o rendimento em juros pela oscilação da moeda) e segurou a cotação da moeda americana. Depois de
registrar alta de mais de 2%, o dólar fechou praticamente estável — com
queda de 0,09% —, cotada a R$ 2,1630. Nesta quarta, a moeda fechou em alta de 3,44%, negociado a R$ 2,1650,
Recessão
Apesar dos diversos planos de resgate do setor financeiro anunciados esta semana pelos Estados Unidos e Europa, temores de uma recessão duradoura nos países do hemisfério norte deixam o mercado em alerta. Nos últimos dias, diversos países têm dado indícios de que a recessão já está batendo à porta.
Nos Estados Unidos, a produção industrial registrou a maior queda em 34 anos. Segundo o banco central norte-americano (Fed, na sigla em inglês), a greve da Boeing e o impacto dos furacões Gustav e Ike influenciaram no desempenho do setor. Nesta quinta-feira, o Citigroup anunciou um prejuízo líquido de US$ 2,815 bilhões no terceiro trimestre, e o banco Merrill Lynch, adquirido em setembro pelo Bank of America, anunciou prejuízo de US$ 14,49 bilhões em 2008 até setembro, sendo US$ 7,47 bilhões no terceiro
trimestre, em parte pelas novas amortizações
multimilionárias.
No início da semana, a presidente do banco central norte-americano (Fed, na sigla em inglês) de San Francisco, Janet Yellen, que afirmou que os EUA 'parecem estar em recessão'. A confirmação deste quadro veio no meio tarde, com a divulgação da compilação de dados sobre a economia americana denominado Livro Bege, que mostrou desacelaração geral da atividade econômica em setembro — ainda antes do período mais agudo da crise.
Na Europa, o governo alemão reduziu a previsão de crescimento para 2009 de 1,2% para 0,2%, e o banco central francês já admitiu a redução do PIB do país por dois trimestres consecutivos, configurando recessão técnica. Com informações do site G1.
Entenda a crise:
ZEROHORA.COMGrupo RBS Dúvidas Frequentes | Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2010 clicRBS.com.br Todos os direitos reservados.