| 08/10/2008 05h17min
O governo britânico anunciou nesta quarta-feira um plano de resgate de 50 bilhões de libras (R$ 202,55 bilhões) para tentar estabilizar o sistema financeiro do Reino Unido. O dinheiro servirá para comprar ações nos principais bancos do país, que ontem sofreram fortes quedas, que chegaram a cerca de 40% no caso do Royal Bank of Scotland (RBS).
Confirmaram participação no programa de recapitalização até o momento as instituições Abbey, Barclays, HBOS, HSBC, Lloyds TSB, Nationwide, RBS e Standard Chartered, embora, segundo o governo, outros bancos também possam optar pelo plano. Estas instituições se comprometeram a aumentar seu capital antes do fim do ano por um total de 25 bilhões de libras (cerca de R$ 100 bilhões), embora este crescimento varie de acordo com cada caso.
O governo se declara ainda disposto a fornecer um mínimo de 25 bilhões de libras adicionais às entidades que reúnam os requisitos necessários para a aquisição de ações preferenciais ou nos casos nos
quais os bancos o
solicitem expressamente também para a compra de títulos ordinários.
O Banco da Inglaterra fornecerá outros 200 bilhões de libras (R$ 807 bilhões) em forma de créditos a curto prazo a fim de fornecer liquidez aos bancos e entidades hipotecárias.
Segundo o governo, estas medidas, coordenadas com o Banco da Inglaterra e o organismo regulador da City, têm como objetivo assegurar a estabilidade do sistema financeiro e proteger os poupadores, titulares de depósitos e empresas.
O governo de Gordon Brown informou à Comissão Européia deste plano de resgate e trata com outros países a possibilidade de ampliar estas propostas para colaborar entre todos no fortalecimento do sistema financeiro internacional.
Os principais bancos britânicos desabaram na terça-feira na Bolsa de Londres, depois que a cadeia BBC informou que seus diretores tinham solicitado ao governo liquidez adicional. O Royal Bank of Scotland (RBS) foi o mais afetado, já que
perdeu 10 bilhões de libras (R$ 40,35 bilhões)
de seu valor ao cair nada menos que 39% — a maior baixa em 13 anos —, até ficar em 90 pence.
GRÁFICO: entenda a crise global
EFE
Medida do governo de Gordon Brown (foto) tem por objetivo proteger os poupadores, titulares de depósitos e empresas
Foto:
Andy Rain, EFE
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